
AQUILES EMIR
Uma grande debandada de tucanos do diretório estadual do PSDB pode ocorrer ainda no começo da próxima semana, depois que o partido realizar, neste sábado, em Brasília (DF), a sua 14ª Convenção Nacional na qual deve ser confirmado o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como novo presidente da legenda.
Com a eleição de Alckmin, uma junta governativa deverá ser nomeada para o diretório maranhense, que deverá ter o senador Roberto Rocha, pré-candidato a governador do estado, como presidente, ou seja, o partido deve desembarcar do governo de Flávio Dino e abrir o processo para definição de candidatura própria ao Palácio dos Leões.
Com Rocha no comando, devem se desligar do partidoo vice-governador Carlos Brandão, 28 prefeitos, dois deputados estaduais (Sérgio Frota e Neto Evangelista) e dezenas de vereadores, dentre eles dois da capital (Gutemberg Araújo e Josué Pinheiro).
O PSDB está desfazendo a aliança de 2014 porque, como define o ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira, não quer continuar sendo figurante de um governo que vai trabalhar para eleger presidente da República um adversário da legenda e se mantida a parceria de três anos atrás, o partido não terá condições também de eleger um governador.
O deputado Neto Evangelista, secretário estadual de Desenvolvimento Social, que advoga a debandada, diz que devem ficar na legenda “apenas Roberto Rocha e Madeira”. O ex-prefeito de Imperatriz, no entanto, diz que vai ocorrer o mesmo movimento de um trem de passageiros quando chega na estação: uns descem e outros sobem.
Segundo Madeira, assim como muitos aguardam a chegada de Roberto Rocha para pedir desfiliação, outros políticos esperam a saída de Brandão para se filiarem.