Tucanos preparam uma desfiliação em massa após posse de Roberto Rocha

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O secretário Neto Evangelista afirma que o benefício é um resgate da dignidade dos estudantes. Foto: Gilson Teixeira/Secap

AQUILES EMIR

Uma desfiliação em massa no PSDB deve ocorrer a partir do dia 10 deste mês, caso a nova executiva nacional do partido, que será eleita na convenção do próximo domingo (09), decida nomear o senador Roberto Rocha presidente de uma comissão provisória para dirigir a legenda no Maranhão. A informação foi dada neste sábado (02) pelo deputado Neto Evangelista, que exerce o cargo de secretário estadual de Desenvolvimento Social.

De acordo com o parlamentar, estão prontos para sair do PSDB, além do vice-governador Carlos Brandão, dois deputados estaduais (ele e Sérgio Frota), os dois vereadores da capital (Gutemberg Araújo e Josué Pinheiro), 28 dos 29 prefeitos e dezenas de vereadores do interior do estado, além de outras lideranças comunitárias e políticos sem mandato.

“Pelas informações que eu tenho, devem ficar no partido apenas uma prefeita, o senador Roberto Rocha e o ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira”, disse o deputado, acrescentando que as principais lideranças rejeitam a intervenção feita no PSDB, e nenhuma pretende esperar a convenção para tentar mudar essa situação, pois a comissão provisória pode ficar no comando até depois das eleições do próximo ano.

Neto Evangelista disse que ainda não decidiu para qual partido irá, tampouco sabe se todos os que deixarem o ninho tucano mudarão em bloco para uma mesma legenda, o que, segundo ele, seria o ideal, “mas cada um vai ficar livre para seguir o seu destino”.

Trem – Roberto Rocha foi nomeado presidente de uma comissão provisória pelo ex-presidente em exercício senador Tasso Jereissati, do Ceará, mas a comissão foi extinta pelo atual presidente, Alberto Goldman, já que não foi realizada a convenção marcada para 11 de novembro, o que deixou o partido sem comando.

Sobre a desfiliação em massa, o ex-prefeito de Imperatriz, ao analisar esta possibilidade, há duas semanas, disse que partido político é como trem quando chega na estação: “uns saem e outros embarcam”. Segundo Madeira, assim como muitos estão esperando Roberto Rocha assumir para deixarem a legenda, outros aguardam apenas a saída de Brandão para poderem entrar.

A polêmica no PSDB se deve ao fato de uma parcela da legenda não aceitar a manutenção da aliança com o PCdoB de Flávio Dino para a eleição de 2018, já que deverá ter candidato a presidente (Geraldo Alckmin) e a governador (Roberto Rocha).

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