Chapada das Mesas é sugestão do Ministério do Turismo para as férias

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CYNTHIA RIBEIRO

Com a posição de primeiro colocado do mundo em recursos naturais, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, o Brasil mantém uma riqueza incalculável quando o assunto é a região de chapadas. As opções no país são diversas e passam pelas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Mais: os roteiros podem ser desfrutados durante todo o ano.

A geografia das chapadas, formada por uma área plana localizada no alto de serras, atrai turistas em busca de trilhas ecológicas, banhos de cachoeiras, piscinas naturais e turismo cultural. Para a secretária executiva Sabrina Moraes, de 28 anos, o cenário também é uma aposta certa para quem deseja contato com a natureza e fuga da rotina dos grandes centros. “Já fui à Chapada dos Veadeiros quatro vezes e sempre é uma experiência nova. Quando preciso de tranquilidade essa é a minha primeira opção”, garante.

A Agência de Notícias do Turismo (ANT) selecionou cinco chapadas para ajudar quem ainda não decidiu o que fazer nas férias.

Chapada dos Veadeiros – Localizada no coração do Planalto Central, no extremo norte do estado de Goiás e a 234 km do centro de Brasília (DF), a Chapada dos Veadeiros (foto abaixo) traz cachoeiras, cânions, paredões e piscinas naturais de águas cristalinas. Os principais portões de acesso são Alto Paraíso e São Jorge. A primeira está entre as cidades mais místicas do Brasil. Já na segunda está a entrada do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, declarado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Mundial Natural.

Para Sabrina Moares, entre as paradas obrigatórias está o Vale da Lua. O lugar recebeu este nome devido à formação rochosa que lembra a superfície lunar. Também estão na lista da turista, a Cachoeira Santa Bárbara, Cachoeira Cristal e Cataratas dos Couros. Outra atração é o Kalunga, uma das principais comunidades quilombolas do Brasil e patrimônio cultural de Goiás.

Chapada dos Guimarães  – Também na região Centro-Oeste, a chapada com cânions de arenito, com até 350 metros de altitude na borda do Planalto Central, abriga a cachoeira Véu da Noiva, com 86 metros de queda d’água em meio a uma profusão de paredões cobertos pela mata verde típica do cerrado. Na chapada, a 60 quilômetros de Cuiabá (MT), já foram catalogados ao menos 46 sítios arqueológicos e encontrados ossos de dinossauros do período Jurássico. Entre as sugestões de roteiro está o Circuito das Cachoeiras, percurso de 7 quilômetros que inclui duas piscinas naturais. Outros atrativos são a Casa de Pedra, a Gruta da Lagoa Azul e a cachoeira da Martinha.

Chapada Diamantina – Seguindo pelo Nordeste está a maior chapada brasileira: a Diamantina (foto abaixo). Formada por cânions imponentes, cavernas escondidas, cachoeiras e espécies vegetais que não existem em nenhum outro lugar do mundo, a chapada se espalha por 24 municípios no centro baiano e tem como símbolo o morro do Pai Inácio, a 1.120 metros de altitude. A Cachoeira da Fumaça, uma das mais altas do país com mais de 340 metros de altura, está entre as atrações mais procuradas. A trilha para alcançar o topo da queda d’água tem 6 quilômetros. Outro ponto bastante visitado é o Poço Encantado, que tem água azulada, resultado do efeito dos raios solares que entram na caverna.

Chapada do Araripe – Também no Nordeste está a Chapada do Araripe. Localizada no sul do Ceará, na divisa com Pernambuco e Piauí, a região é uma reserva ecológica que abriga cânions, grutas, sítios arqueológicos e uma floresta nacional datada de 120 milhões de anos. Fósseis de dinossauros e peixes encontrados no local podem ser vistos no Museu de Paleontologia de Santana do Cariri.

Chapadas das Mesas  – Ainda no Nordeste, mas já com o pé no norte brasileiro, está a chapada que traz formações rochosas que lembram grandes mesas de pedra. A região é dividida por quatro cidades no centro-sul do Maranhão: Carolina (divisa com Tocantins), Riachão, Estreito e Imperatriz. Entre as atividades turísticas oferecidas destacam-se o rapel e as trilhas ecológicas em que os visitantes podem conhecer também as piscinas naturais de águas cristalinas da região. Uma das cachoeiras mais visitadas é a de São Romão, com 26 metros de queda-d’água.

Mercado – O ecoturismo e o turismo de natureza são os segmentos turísticos que mais crescem no mundo, com taxas entre 15% e 25% ao ano, segundo a Organização Mundial do Turismo. No Brasil, uma pesquisa do Ministério do Turismo mostrou que esse segmento é a principal motivação de 12,8% dos estrangeiros que visitam o país.

(MTur)

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