Dirigente da ABIH diz que taxa de ocupação hoteleira em São Luís foi de 60% em fevereiro

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AQUILES EMIR

Ao participar nesta quarta-feira (04) da sessão plenária da Associação Comercial do Maranhão, o vice-presidente da seccional maranhense da Associação Brasileira da Indústria de Hotelaria (ABIH-MA), Armando Ferreira, disse que a taxa de ocupação dos hotéis de São Luís em fevereiro, mês em que se realiza o carnaval, uma das festas que movimentam o turismo nacional, ficou na faixa dos 60%. O número difere do apresentado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo, que indica uma taxa de ocupação superior a 80%.

De acordo com o dirigente da ABIH, no período de carnaval, entraram na cidade 14 ônibus com turistas, vindos dos estados mais próximos. Boa parte desses veículos trouxe pessoas para participar das festas de Momo e outra de gente querendo descanso no período. Armando diz que, infelizmente, em alguns casos, os turistas tinham baixo poder aquisitivo, com baixo consumo interno, preferindo se abastecer em supermercados e lojas de conveniência.

Pelo números apresentados na ACM, alguns hotéis chegaram a ter ocupação de 78%, porém outros ficaram com apenas 45%. Presente à reunião, o secretário-adjunto de Turismo, Hugo Veiga, justificou as divergências dos números, destacando que as duas instituições adotam metodologias diferentes, pois a ABHI se baseia nos dados de seus associados e o Observatório é mais abrangente na seleção das empresas pesquisadas.

Armando Ferreira criticou ainda o alto custo financeiro das operações de hotelaria. Segundo ele, pegando-se apenas os números dos associados da sua entidade, essas empresas consomem R$ 700 mil em energia elétrica, pagam mais de R$ 1 milhão de IPTU, além de outras despesas com ISS e outros tributos, o que exige delas números mais expressivos de ocupação para sobreviver.

Armando Ferreira apresenta número da ocupação hoteleira em São Luís

Divergência – O balanço da ABIH é muito diferente do oficial. “A ocupação hoteleira ficou em 82% em São Luís durante o Carnaval, 12% a mais que no mesmo período do ano passado. O número reflete a procura maior que a festa na capital tem tido entre pessoas de outros Estados e cidades”, diz o comunicado da Setur, com base em levantamento do Observatório do Turismo, órgão ligado à Universidade Estadual do Maranhão (UFMA).

A festa, segundo avaliação do governo, movimentou R$ 35 milhões apenas em São Luís, gerando emprego e renda para a população. Essa cifra não leva em conta o impacto da festa nas demais cidades maranhenses. Ou seja, o montante em todo o Estado é significativamente maior.  “Toda a cadeia do turismo e do lazer ganha com a festa. Os hotéis atraem muitos turistas. A indústria de bebidas vende mais. As empresas que fazem passeios também”.

Além disso, há a indústria do entretenimento, que emprega muita gente e dá um salto neste período. O mercado publicitário também fica bastante agitado. Para movimentar todo esse mercado, é preciso gente trabalhando. Por isso, é um período importante para a geração de renda.

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