O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) denunciou, nesta segunda-feira (31) uma modificação nas regras que preveem cotas para cursos de pós-graduação nas instituições de ensino federal, com reservas de vagas também para ciganos, travestis, quebradoras de coco e outros.
De acordo com o DCE, em maio do ano passado a portaria nº 13/16 do Ministério da Educação (MEC) orientou a inclusão da política de cotas em cursos de Pós-Graduação nas Universidades e Institutos Federais. Por esta portaria, ficou estabelecido um prazo de noventa dias para que as instituições apresentassem propostas de ações afirmativas com inclusões de negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência em seus programas de pós-graduação.
Diante disto, foi criada na Universidade Federal do Maranhão uma comissão de trabalho para discutir a implementação das políticas de ações afirmativas para os cursos de pós-graduação na Universidade. A comissão é composta pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Ufma e Diretório Central dos Estudantes (DCE).
“O curioso é que a resolução discutida na Universidade, produto de uma reunião no último dia (07/07) abrange vagas para além das indicadas na referida portaria, que regulamenta e orienta as instituições federais na adoção das cotas raciais nos programas de pós-graduação. Além das categorias citadas na portaria, que prevê a inclusão de negros (pretos e pardos), indígenas e pessoas com deficiência nos Mestrados, Mestrados Profissionais e Doutorados, a resolução discutida na Ufma pretende abranger ciganos, quebradeiras de côco e pessoas trans (travestis, transexuais e transgêneros)”, denuncia o DCE.
A discussão se aprofunda também na necessidade de acessibilidade aos cotistas, considerando o baixo quadro de pessoal técnico para atender a demanda de alunos com deficiência física nos cursos ofertados pela Universidade. Coordenadores dos cursos de pós-graduação já se reuniram na Ufma e discutiram uma contraproposta que visa reformular a adoção de cotas, adotando critérios socioeconômicos para assegurar vaga de cotistas.
(Com informações do DCE)
A cada dia que se passa eu me vejo tento que estar muito mais preparado que todos os outros, pois não sou negro, não sou índio, sou hétero sexual, não terminei meu ensino médio em escola pública e por ai vai, só sou um cara de classe média, onde meu pai trabalhou muito para poder pagar uma escola para mim e por incrível que pareça hoje em dia eu gostaria muito de ter terminado meus estudos em uma escola pública pois assim eu poderia ter inúmeros privilégios.