AQUILES EMIR
As revendedoras de veículos importados no Maranhão registraram em maio um aumento acima de 50% de suas vendas na comparação com o mês de abril. O cálculo, elaborado com base apenas nas vendas de marcas que são 100% produzidas fora do Brasil, mostra que este segmento, ao contrário de algumas marcas populares, está em plena ascensão, e que o mercado estadual está mais aquecido que o nacional.
De acordo com os números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), no mês de abril foram 31 unidades comercializadas, enquanto em maio foram 48, o que dá uma variação de 54,8%. Foram levadas em conta apenas as vendas de modelos das marcas Suzuki, Kia, Land Rover, Chery, Dodge, Lifan, Mini e Jaguar, ou seja, ficaram de fora Audi, Citröen, Hiunday, Mercedes-Benz e outras que têm, também, fabricação nacional.
Marco Aurélio Garcia, diretor do Grupo Parvir, que comercializa Jaguar, Land Rover e outros, diz que esse tipo de veículo vai sempre estar com consumo alto porque seu público não enfrenta crise e há ainda aqueles que vão evoluindo de marca carro após carro. São veículos, como explica, que atendem a uma série de expectativas, sejam pessoais ou sociais. Outro que aposta no crescimento do mercado é Carlos Gaspar, proprietário da Auvepar, empresa que está 100% voltada para o comércio de importados. Uma das apostas do empresário é a chegada, ainda este mês, da nova versão do SUV Lifan.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) contabiliza licenciamento de 2.558 unidades, em maio, o que dá uma alta de 25,1% ante o mês anterior, quando foram vendidas 2.044 unidades, ou seja, proporcionalmente o Maranhão se saiu melhor. Em relação ao mês de maio de 2016, a queda nacional representou 5,1% (2.558 unidades contra 2.696 unidades) e no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, retração de 30,7% (10.686 unidades contra 15.412 unidades).
“O comportamento dos dados de licenciamentos de automóveis e comerciais leves, no mercado interno, em maio, mostra crescimento em maio ante o mês anterior, também na comparação com maio de 2016 e no acumulado, enquanto o nosso setor só registrou alta em maio comparado a abril deste ano. Isso se deve exclusivamente por que os nossos produtos estão sob regime de exceção, com 30 pontos percentuais adicionais do IPI, até o limite de 4.800 unidades pode ano”, esclarece José Luiz Gandini, presidente da Abeifa.
Participações – Em maio último, com 2.558 unidades licenciadas, a participação das associadas à Abeifa foi de 1,35% do mercado total de autos e comerciais leves (190.131 unidades). No acumulado, o market share foi de 1,34% (10.686 unidades, do total de 802.351 unidades).
Se for considerado o total de veículos importados, ou seja aqueles trazidos também pelas montadoras, as associadas à Abeifa responderam, em maio, por 12,35% (2.558 unidades, do total de 20.709 unidades importadas). No acumulado, 12,03% (10.686 unidades, do total de 88.799 veículos importados).
Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção nacional, BMW, Chery, Land Rover, Mini e Suzuki fecharam o mês de maio com 1.622 unidades emplacadas, total que representou alta de 43,8% em relação ao mês anterior. Comparado a maio de 2016, o aumento de 31,8%, quando foram emplacadas 1.231 unidades nacionais. Enquanto, no acumulado, as cinco associadas à Abeifa totalizaram 5.806 unidades emplacadas, alta de 47,5% ante as 3.937 unidades (agora, já com a produção da Jaguar Land Rover)..