Vendas no varejo tiveram recuo de 11,8% no Maranhão em 2016, segundo dados do Etene

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AQUILES EMIR

A maioria dos estados nordestinos registrou ano passado, na comparação com 2015, queda no comércio varejista em índices maiores do que a média nacional, que foi de 6,2%, segundo números divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão vinculado ao Banco do Nordeste (BNB). A exceção ficou por conta da Paraíba (-1,7%) e o norte de Minas Gerais (-1,6%) – região que fica área de atuação do BNB – e no varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças de material de construção, apenas Minas Gerias (-5,1%), Paraíba (-5,6%), Alagoas (-8,0%) e Piauí (-8,5%) não tiveram declínio superior ao nacional (-8,7%).

No Maranhão, a retração foi de 6,8%, mas no varejo ampliado, o índice foi bem maior (-11,8%). O estudo não traz detalhamento sobre o desempenho por segmentos no estado, mas informa que dos três últimos meses de 2016, dezembro foi o que apresentou menor recuo em comparação a igual período de 2015: outubro (-8,7%), novembro (-3,3%) e dezembro (-3,0%). O mesmo se verificou no varejo ampliado: outubro (-12,5%), novembro (-5,5%) e dezembro (-4,5%).

Na Bahia, o comércio varejista e o ampliado recuaram -12,1% e -11,1%, respectivamente, com todos os grupos de atividades comerciais apresentando recuo, em especial eletrodomésticos (-19,6%), combustíveis e lubrificantes (-15,5%), equipamentos e materiais de escritório (-14,7%) e móveis (-14,5%). O menor recuo ocorreu no setor de livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%).

Em Pernambuco, o varejo apresentou fraco desempenho em 2016, com recuo de 9,9% e 11,9% no varejo e no varejo ampliado, respectivamente. Também, verificou-se expressivo recuo no volume de vendas em móveis (-30,4%), eletrodomésticos (-27,7%), equipamentos e materiais para escritório (-19,7%) e veículos (-18,4%). O único grupo de atividade que apresentou reduzido recuo diz respeito a artigos farmacêuticos (-1,8%) e artigos de uso pessoal e doméstico.

No Ceará, o comércio varejista e o ampliado recuaram -6,7% e -10,3% em 2016, respectivamente. Além disso, todos os grupos de atividades registraram recuo em 2016, em especial eletrodomésticos (-28,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-21,6%), material de construção (-21,4%), bem como veículos, motocicletas, partes e peças (-16,7%). Os menores recuos foram segmentos associados a produtos essenciais, a exemplo de móveis (-1,9%), hiper e supermercados (-2,8%), além de tecidos, vestuário e calçados (-3,3%).

Fechamento – De acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de estabelecimentos comerciais registrou fechamento líquido de 108,7 mil lojas e 182,0 mil postos de trabalho no Brasil em 2016. Lideraram os encerramentos de lojas os ramos de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-34,8 mil lojas), lojas de vestuário, calçados e acessórios (-20,6 mil) e lojas de materiais de construção (-11,5 mil).

As micro (-32,7 mil) e pequenas empresas (-39,6 mil), que empregam até 9 pessoas e de 10 a 49 funcionários, respectivamente, foram as mais afetadas. Em 2015, este segmento respondia por 98,6% dos pontos de venda do varejo nacional e empregava 76,5% da força de trabalho do setor. Lojas de médio porte, com 50 a 99 empregados, perderam 12,9 mil pontos de venda. Os grandes varejistas, com mais de 99 funcionários, fecharam 23,5 mil lojas.

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