Ministro espanhol insinua que não houve acordo
Delcy Rodríguez, vice-presidente da Venezuela, repreendeu, neste domingo (08), o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, por garantir que não houve um acordo entre os dois Estados para conceder asilo ao ex-candidato presidencial Edmundo González. Ela afirmou que tal decisão derivou de “extensas conversas”.
“O falsificador não é um bom conselheiro. Foram realizadas extensas conversas e contatos para operacionalizar a saída do opositor González Urrutia do país com todas as garantias oferecidas por um salvo-conduto, produto do acordo entre os dois governos”, indicou Rodríguez em seu canal oficial do Telegram.
Na mensagem, a vice-presidente acrescentou que “o fato de uma aeronave da Força Aérea Espanhola aterrissar com autorização das autoridades aeronáuticas da Venezuela é um fruto da comunicação”.
Rodríguez fez este comentário em referência a uma declaração de Albares na qual referia que “não houve qualquer tipo de negociação política entre o governo de Espanha e o governo da Venezuela, que o asilo político foi um pedido pessoal de Edmundo González”.
Brasil preocupado – O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República do Brasil, Celso Amorim, disse estar “chocado” com a atitude da Venezuela de revogar a custódia da Embaixada da Argentina em Caracas, na capital venezuelana.
A Venezuela rompeu relações com a Argentina após a eleição presidencial. O Brasil, assim como a Colômbia e o México, pediu ao governo venezuelano que publicasse os resultados completos da votação.
O Ministério das Relações Exteriores da Argentina solicitou ao Tribunal Penal Internacional na sexta-feira (6) que emitisse um mandado de prisão contra Nicolás Maduro e outros altos funcionários do governo pelos eventos que ocorreram após as eleições.
Na noite de sexta-feira, alguns membros da oposição na residência argentina relataram em suas contas no X que o prédio estava sob vigilância e não tinha eletricidade. Eles postaram vídeos mostrando homens vestidos de preto e patrulhas da agência de inteligência do governo, a Sebin.
(Sptunik Brasil)