Venezuelanos voltam às ruas de Caracas para protestar contra Maduro

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A oposição da Venezuela está reunida nesta terça-feira (20) em vários pontos da capital Caracas para, mais uma vez, tentar marchar até a Defensoria do Povo, no centro da cidade, depois da jornada de protestos de ontem, que terminou com três mortes, várias pessoas feridas e mais de 500 detidos. As informações são da Agência EFE. 

“Novamente, o grito dos venezuelanos será sentido ao longo de todo o país, exigindo democracia”, escreveu a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) no Twitter, onde também foi compartilhada uma imagem com os 26 locais de onde sairão os manifestantes pelo segundo dia em Caracas.

Além disso, a oposição convocou os cidadãos a se concentrarem nos 23 estados do país para continuar com os protestos contra o que consideram um “golpe de Estado” e “uma ruptura da ordem constitucional”.

O governador de Miranda e ex-candidato presidencial Henrique Capriles anunciou no Twitter que as mobilizações desta quinta-feira pedem “eleições livres, respeito ao Parlamento, bem como a abertura de um canal humanitário para a entrada de alimentos e medicamentos que estão escassos no país”.

Além disso, o opositor afirmou que os protestos buscam a libertação dos políticos presos e o fim das inabilitações a dirigentes políticos, como a que foi aplicada a ele mesmo por 15 anos para exercer cargos públicos, ditada pela Controladoria da Venezuela.

Capriles pediu ontem a empresas e instituições que “colaborassem” para que os cidadãos “possam se ausentar de sua atividade trabalhista e acadêmica” para participar dos protestos e “defender a Constituição”.

O primeiro vice-presidente do Parlamento, o opositor Freddy Guevara, também afirmou no Twitter: “Hoje, mais do que nunca, devemos voltar às ruas e reafirmar que a resistência é pacífica. É a única forma de conseguir dividir ainda mais o regime”.

Os opositores tentarão pela sétima vez nas últimas três semanas marchar para a Defensoria do Povo para exigir que seu titular apoie o processo iniciado na Câmara com o qual a oposição pretende destituir sete juízes do Supremo.

Esses magistrados emitiram duas sentenças – depois parcialmente suprimidas – que a procuradora-geral, Luisa Ortega, considerou como uma ruptura constitucional no país, o que deu lugar a manifestações que, até agora, resultaram em um balanço de nove mortes e cerca de mil detenções. 

(Agência EFE)

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