
Bolsonaro também falou sobre atentado sofrido em Juiz de Fora
Em uma transmissão ao vivo pelo Facebook na noite deste sábado (27), o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, fez seu último comunicado aos eleitores antes do término da campanha eleitoral e pediu aos eleitores para fiscalizem a votação com vistas a “uma apuração paralela” que será feita por sua campanha. Já o candidato do PT, Fernando Haddad, também fez uma transmissão ao vivo pela rede Facebook em que respondeu perguntas de internautas, além de receber apoio de artistas, como o ator Wagner Moura, a cantora Daniela Mercury e a apresentadora Astrid Fontenelle.
Dizendo que a eleição ainda não está ganha, Bolsonaro declarou que “temos que lutar até o último momento, não vamos dar a oportunidade para eles”, afirmou. Ele pediu ainda que haja vigilância.
“Você vai ter que voltar às cinco da tarde lá na sessão eleitoral e tirar uma fotografia da cabeça do boletim de urna. Automaticamente, (a foto) vai para um local onde nós fazemos a consolidação disso para que nós venhamos a ter certeza de que nós tivemos uma votação que nos dê esse mandato”, explicou. “A gente não pode, não tem como acreditar em se mudar 20 milhões de votos em dois dias. Isso é impossível, não tem como”, avaliou o candidato.
“Eu não acredito num lobo solitário”, disse. “Até porque um cara fazer um ato daquele, o que seria normal? Ser linchado pela multidão”, avaliou.
“Agora, as informações que eu tive, o policial que segurou lá o Adélio levou pancada de várias pessoas que estavam dando proteção ao Adélio, então foi um negócio planejado, programado”, afirmou Bolsonaro.
A conclusão de um inquérito da Polícia Federal encaminhado para o Tribunal de Justiça de Juiz de Fora (MG) no mês passado é de que Adélio agiu sozinho do dia do atentado contra o candidato. A Justiça Federal assumiu na sexta-feira (26) a condução de mais um inquérito instaurado para apurar o ataque contra Bolsonaro (PSL).
Haddad – Ao lado da esposa, Ana Estela, Haddad falou sobre propostas do seu programa de governo, como reajustar o salário mínimo acima da inflação. Segundo o candidato, os pobres são os que mais sofrem com o aumento da inflação e o reajuste é necessário para recuperar o poder de consumo. “Jamais [o reajuste do salário mínimo] será abaixo da inflação”, disse, acrescentando que o aumento será feito, caso eleito, “com toda a responsabilidade”.
Ao final da transmissão, com duração de quatro horas, Haddad agradeceu o apoio de eleitores e da família e pediu que o eleitor vote com um livro na mão neste domingo (28). “Deixa o ódio pra lá. Urna é lugar de depositar esperança”, disse.
(Com dados da Agência Brasil e imagem principal do Metrópole)