Weverton e Eliziane assinam carta que pede para não haver protestos contra Bolsonaro domingo

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AQUILES EMIR

Os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (Cidadania) assinaram uma carta endossada por outras lideranças de oposição no Senado em que pedem para não haver, neste domingo (08) manifestações contra o governador de Jair Bolsonaro. Depois de um ato que contou com “torcidas organizadas” do Corinthians e do Palmeiras, domingo passado (31 de maio), em São Paulo, houve a promessa de repetição desses atos neste fim de semana.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já havia pedido, terça-feira (02) e ratificou nesta quinta (04) em sua Live Semanal que seu apoiadores deixassem as ruas livres para os opositores a fim de ser evitado confrontos.

Na carta assinada pelos líderes de oposição eles alegam como motivo a pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 32,5 mil pessoas no Brasil. A nota publicada tem o apoio de representantes dos partidos Rede Sustentabilidade, PSB, PT, PDT, Cidadania, e do líder do PSD na Casa, Otto Alencar, cuja legenda não faz oposição ao governo de Jair Bolsonaro, mas tem oposicionistas na liderança e vice-liderança no Senado.

“Entendemos, portanto, que ainda não é o momento, em respeito às famílias de vítimas do coronavírus e também daqueles que até hoje tem respeitado e com razões, baseado nos melhores estudos científicos, o isolamento como a melhor alternativa de combate à covid-19. Continuaremos firmes na oposição das mais diversas formas que a situação pandêmica nos permite”, diz a carta.

Leia a íntegra:

Os líderes dos diferentes partidos do Senado Federal, a saber a Rede Sustentabilidade, o PSB, o PDT, o Cidadania, o PSD e o PT, vem através desta nota desencorajar os brasileiros que, acertadamente, fazem oposição ao Sr. Jair Bolsonaro a irem às ruas nesse próximo domingo.

Nosso pedido parte da avaliação de que, não tendo o país ainda superado a pandemia, que agora avança em direção ao Brasil profundo, saindo das capitais e agravando nos interiores, precisamos redobrar os cuidados sanitários e ampliar a comunicação com a sociedade em prol do distanciamento social.

Bem certo que a organização de setores da sociedade aqueceu nossos corações de esperança, na certeza de que o Brasil já identificou que a política da presidência da república tem sido devastadora ao país e aliada do Coronavírus. Adiaremos à ida às ruas, pelo bem da população, até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população.

Ademais, observando a escalada autoritária do governo federal, devemos preservar a vida e segurança dos brasileiros, não dando ao governo aquilo que ele exatamente deseja, o ambiente para atitudes arbitrárias.

Entendemos, portanto, que ainda não é o momento, em respeito às famílias de vítimas do Coronavírus e também daqueles que até hoje tem respeitado e com razões, baseado nos melhores estudos científicos, o isolamento como a melhor alternativa de combate à Covid-19. Continuaremos firmes na oposição das mais diversas formas que a situação pandêmica nos permite.

Assinam,

  • Randolfe Rodrigues, líder da Oposição e da Rede Sustentabilidade do Senado Federal.
  • Eliziane Gama, líder do Cidadania no Senado Federal.
  • Weverton Rocha, líder do PDT no Senado Federal
  • Jaques Wagner, vice-líder do PT no Senado Federal.
  • Veneziano Vital do Rego, líder do PSB no Senado Federal.
  • Otto Alencar, líder do PSD no Senado Federal.

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