Lula opta pelo silêncio ao depor sobre Hidrelétrica de Belo Monte

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Ao contrário dos depoimentos dos processos anteriores, em que sempre se colocava na condição de inocente e de perseguido político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou pelo silêncio nesta sexta-feira (05) na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba (PR), onde está preso. Segundo a defesa, Lula não teve acesso antecipado ao conteúdo da investigação.

Na oitiva, a PF pretendia questionar o ex-presidente sobre o conhecimento dele da suposta cobrança de propina em contratos de navios-sonda da Petrobras e nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.  Em março, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente e suspendeu o mesmo depoimento.

Na decisão, Fachin concordou com a defesa e determinou prazo mínimo de cinco dias úteis para que os advogados possam analisar os processos antes do depoimento.

Para alguns analistas, a estratégia de Lula foi uma confissão indireta de participação no crime, pois ao se manter em silêncio não quis ser confrontado com informações que atestam seu conhecimento e até envolvimento no esquema que favoreceu as empreiteiras.

A defesa de Lula, desde sua prisão em abril de 2018, reitera sua inocência e diz que ele não cometeu crimes em momento algum. O ex-presidente também afirma que não cometeu irregularidades.

Lula está preso desde 07 de abril do ano passado, após ter sua condenação confirmada pelo TRF4, que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão ao ex-presidente, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no processo do tríplex do Guarujá (SP).

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