Derrota do Sampaio para Botafogo da Paraíba pode ser investigada pela Justiça Desportiva

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AQUILES EMIR

Uma peça publicitária com mensagem de caráter provocativo, mas duvidoso, elaborada pelo departamento de Marketing do Sampaio Corrêa para convocar os torcedores do clube a comparecerem ao Estádio Castelão, sábado passado (09), está servindo de combustível para aumentar a polêmica sobre o resultado do jogo contra o Botafogo da Paraíba, cujo placar afetou o Moto Club, principal rival do Sampaio, que foi rebaixado para a Série D do Campeonato Brasileiro.

A combinação de resultados tirou do Moto a chance de continuar na Série C, pois, além da derrota para o Fortaleza, na capital cearense, a vitória do Botafogo (vice-lanterna), em São Luís, o que para muitos seria improvável diante do líder do Grupo A da competição, o jogou para a zona de rebaixamento, onde ficou na penúltima posição.

Para muitos torcedores, tanto do Sampaio quanto do Moto, o resultado foi atípico, e não faltam versões para explicar o desempenho do tricolor. A mais usada é o intuito de contribuir para o rebaixamento do rival, outra de que o time paraibano foi buscar forças do imaginável para não ser rebaixado, assim como há quem culpe o técnico Diá pelas mexidas no time e há ainda uma terceira de que como os jogos do Grupo B (iniciados às 17h) tinham os resultados conhecidos antes do início das do Grupo A (às 19h30), os times puderam escolher seus adversários para a fase de mata-mata.

Por esta última versão, como não queria enfrentar o Volta Redonda, do Rio de Janeiro, na segunda fase, o Sampaio jogou com a possibilidade de ficar em segundo lugar e no cruzamento cair no confronto com o Tombense de Minas Gerais, mas para isto o CSA de Alagoas teria de assumir a liderança, vencendo o Cuiabá, porém o jogo na capital do Mato Grosso estava com 40 minutos de atraso e a equipe alagoana também teria puxado o freio de mão para também fugiu do adversário mais temido.

Nesta terça-feira (12), o jornalista Pedro Lopes publicou na coluna UOL de Primeira, no portal UOL, a repercussão que o caso vem tendo até no âmbito do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e o principal indício para uma possível investigação pela Procuradoria Geral do STJD foi a tal peça publicitária, ilustrada com uma foto do zagueiro Maracás, do Sampaio Corrêa, na qual aparece sorrindo ao lado da mensagem de que os torcedores sairiam felizes da partida de qualquer maneira, com vitória ou derrota.

Reprodução

Na partida, Maracás, o garoto propaganda desta peça, cometeu um pênalti e teve uma falha determinante no resultado. “Consultada, a procuradoria do STJD disse que avalia o caso e pode abrir um inquérito; o Moto Clube também está estudando a situação por meio de seu departamento jurídico”, disse Pedro Lopes.

Nos seus respectivos sites, Sampaio e Moto, porém não instigaram a polêmica após conhecidos os resultados.

“A última partida da primeira fase da Série C não terminou da maneira que a equipe do Sampaio Corrêa planejava. A derrota por 3×2 para o Botafogo/PB impediu a décima vitória Tricolor na competição, mas garantiu o primeiro lugar geral do Grupo A”, disse o Sampaio.

“Caímos com nossas pernas e vamos nos levantar com nosso próprio esforço”, admitiu o Moto.

Em nota da sua assessoria de imprensa, o Sampaio diz que “trata-se de uma peça publicitária da agência de marketing contratada pelo clube, que não tem gerência nenhuma sobre o departamento de futebol. Uma campanha para divulgar o jogo, utilizando apenas provocações habituais entre rivais. A diretoria e comissão técnica do Sampaio sempre se comprometeram com a seriedade e respeito ao jogo, assim como todas as outras 17 partidas da competição”.

(Com imagem da L17 Propaganda)

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