Autoridades e pecuaristas do Maranhão debatem riscos da vaca louca após caso confirmado no estado do Pará

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Sagrima, Aged e criadores debatem caso no estado vizinho

O secretário estadual da Agricultura e Pecuária (Sagrima), José Antônio Heluy, participou, na tarde desta sexta-feira (24), de reunião virtual com criadores, diretores de entidades do setor rural (sindicatos e associações de pecuaristas) e órgãos governamentais para discutir o mal da vaca louca. Um caso foi registrado no Brasil,  mais precisamente no vizinho estado do Pará, o que obriga o Maranhão a tomar e realizar medidas preventivas a fim de evitar um surto no estado.

“Estamos atentos para o caso de mal da vaca louca registrado recentemente no Pará, nosso Estado vizinho. O que sabe-se até agora é tratar-se de um caso atípico, então estamos mais tranquilos. Vamos continuar dialogando com os criadores e representantes do setor neste momento de alerta. Além disso, continuamos focados em transformar o Maranhão em um Estado livre da aftosa sem vacina”, ressaltou Heluy.

Com relação à febre aftosa, atualmente o Estado está com 71,9% de propriedades rurais com geolocalização, segundo dados do Sistema de Gestão Agropecuária do Maranhão (SIGA-MA). O objetivo é alcançar os 100% para que o Maranhão possa alcançar o status de livre da aftosa sem vacinação em 2024.

Antônio Heluy tranquiliza pecuaristas sobre inexistência de risco de surto da vaca louca

Sem perigo – Segundo o presidente da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), Cauê Aragão, que também participou do encontro, o Maranhão é considerado território de risco mínimo para a ocorrência do mal da vaca louca, conforme classificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

“Nas últimas décadas, houve registros apenas de casos isolados da doença no Brasil, que foram devidamente controlados e eliminados. Já no Maranhão, nunca houve absolutamente nenhuma ocorrência. O caso registrado no Pará se equipara a um câncer, não ocorrendo, assim, por contaminação”, garantiu Aragão.

Propriedade interditada – A referida doença degenera o sistema nervoso dos bovinos, a ponto de alterar o comportamento dos animais, deixando-os agressivos, razão do nome “vaca louca”.

De acordo com o governo paraense, o caso ocorreu em uma propriedade que tem 160 cabeças de gado e foi interditada preventivamente.

“Amostras que confirmam a doença foram enviadas para um laboratório no Canadá. Foi lá, segundo o governo paraense, que foi observado que o caso é do tipo atípico. Como falei, aqui no Maranhão estamos tranquilos, mas seguimos em alerta”, concluiu o secretário de Agricultura e Pecuária do Maranhão.

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