Governador anuncia distanciamento entre as paradas de ônibus e isola os estacionamentos

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AQUILES EMIR

Ao anunciar nesta sexta-feira (1º) que vai acatar a determinação judicial baixada pelo titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas Martins, sobre lockdown na Ilha de São Luís, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou que dentre as medidas que irá tomar, domingo (03) para valerem a partir de terça-feira (05), estão diminuição das paradas de ônibus, isolamento de estacionamentos públicos e contratação de pessoas para organizar filas nas agências da Caixa Econômica onde é pago o auxílio emergencial. A decisão do juiz atendeu a uma ação dos membros do Ministério Públicos dos quatro municípios da região metropolitana.

O governador fez um apelo para que a população não se desespere e corra aos supermercados como foi verificado nesta quinta-feira (30) logo após saírem as primeiras notícias sobre a decisão judicial, quando centenas de pessoas se acumularam em lojas de supermercados para abastecer suas residências. “Por favor, não se aglomerem”, enfatizou o governador, ao garantir que não há o menor risco de faltar produtos de primeiros necessidade.

Flávio Dino anunciou ainda que vai limitar a entrada e saída de veículos da Ilha para o continente e vice-versa, devendo ser autorizado somente o transporte de passageiros em situação emergencial e de cargas de primeira necessidade, sem especificar quais serão, além de alimentos e produtos de saúde e equipamentos hospitalares.

Pelo que anunciou o governador, os bancos estarão com suas operações limitadas, sendo permitido apenas o pagamento do auxílio emergencial. Para controlar as filas que vêm se formando em frente às agências da Caixa Econômica Federal, disse que vai abrir um edital para contratação de pessoal a fim de cuidar da organização das filas, mantendo o distanciamento. Ao fazer esse anúncio, criticou os bancos, que pouco ligam para seus clientes apesar de estarem com seus lucros garantidos.

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Sobre as paradas de ônibus, embora isto seja uma atribuição da Prefeitura Municipal, disse que vai aumentar o distanciamento entre um ponto e outro, bem como irá proibir estacionamentos no Centro, na Avenida Litorânea, Espigão Costeiro da Ponta d´Areia e outros lugares onde não faz sentido, neste momento, já que quase nada está funcionando.

Quanto à circulação de veículos particulares, disse que serão permitidos apenas aqueles que transportam pessoas que irão fazer compras de primeira necessidade, funcionários de unidades de saúde ou de quem esteja a procura de tratamento médico hospitalar.

Nesta quinta-feira (30), o governador já havia determinado o bloqueio da Rua Grande, principal via comercial de São Luís, onde o tráfego de pessoa tem sido intenso, mesmo com a permissão de funcionamento apenas de comércio essencial.

Sobre essa medida, escreveu o secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, em sua conta no Twitter: “A Rua Grande amanheceu totalmente #bloqueada, tanto nas duas extremidades quanto nas transversais. Chega de bater perna em tempos de #pandemia! Agradecemos à Polícia Militar que está coordenando toda a ação no centro da cidade”.

1 COMENTÁRIO

  1. Isto é um absurdo e um exagero. Como pode a decisão de um juiz monocrático restringir direitos fundamentais de mais de 1,2 milhão de pessoas, quando há outras medidas que deveriam ser tomadas. Creio que exorbita-se uma competência

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