Flávio Dino manda presidente trabalhar, ao criticar insinuação sobre decretação de estado de sítio

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Bolsonaro ameaça agir contra restrições de governadores e prefeitos

AQUILES EMIR 

Ao criticar Jair Bolsonaro, por ter insinuado que poderia recorrer a uma decretação de estado de sítio contra medidas restritivas adotadas em alguns estados, o governador Flávio Dino (PCdoB) mandou o presidente trabalhar. Na sua fala, com apoiadores, Bolsonaro perguntou se a população estaria preparada para uma ação do governo federal contra as medidas restritivas de Estados e municípios.

Alguns governadores reagiram à fala do presidente e até mesmo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, cobrou explicações, porém Flávio Dino foi o mais contundente.

“Presidente da República não sabe o que fazer com a economia, que cabe a ele gerir, conforme a Constituição. Para esconder a incompetência, fica perpetrando insanidades, como falar em estado de sítio. Deveria tratar de trabalhar, dar expediente, ter uma agenda séria”, postou ele nas redes sociais.

Bolsonaro também reagiu de forma indireta aos governadores. Numa postagem no Twitter, disse que já mandou mais de 25 milhões de doses de vacinas aos estados para imunização da população, porém nem 13 milhões foram aplicadas. Apesar da baixa utilização do medicamento, o governo federal vem sendo pressionado a comprar mais vacinas.

O presidente havia criticado as medidas restritivas dos governadores e prefeitos na sua live, quinta-feira (18), e foi mais incisivo nesta sexta-feira, na conversa com apoiadores, quando chamou gestores estaduais de imbecis.

Será que o governo federal vai ter que tomar uma decisão antes que isso aconteça? Será que a população está preparada para uma ação do governo federal dura tocante a isso? Que que é dura? É para dar liberdade para o povo. É para dar o direito do povo trabalhar, não é ditadura não. Uns hipócritas falam aí em ditadura o dia todo, uns imbecis”, disse, criticando as ameaças de o povo ficar sem liberdade de ir e vir.

As falas do presidente vêm no momento mais crítico da pandemia no Brasil. Regiões enfrentam pico da média de mortes por covid-19, com exceção do Norte.

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