Sem conseguir unir seu consórcio em São Luís, Flávio Dino quer federação de partidos para derrotar Bolsonaro

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AQUILES EMIR

Ao participar neste domingo (26) de uma live do deputado federal Marcelo Freixo (PSol-RJ), que teve como principal tema o artigo que publicou no jornal O Globo, em que prega a unidade dos partidos de oposição para enfrentar Jair Bolsonaro em 2022, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), voltou a defender uma federação partidária nos moldes da Frente Ampla uruguaia, derrotada na última, em que se preservem as identidades dos partidos e se forma uma unidade eleitoral.  Apesar da boa intenção, ele não vem conseguindo viabilizar uma unidades nesses moldes para a disputa da Prefeitura de São Luís.

“Eu sou totalmente contra extinguir partidos. O que eu tenho defendido é a federação partidária, como um partido eleitoral que preserva as identidades partidárias”, pregou Flávio Dino, que vem enfrentando dificuldades para convencer os partidos que o apoiam a lançarem uma candidatura a prefeito de São Luís para derrotar o deputado Eduardo Braide (Podemos).

Para Flávio Dino, a esquerda brasileira tem  hoje dois desafios principais: romper com um espírito auto-centrado em que fica uma disputa estamental e deixar de fazer tribunal com condutas do passado.  “Você precisa primeiro romper com um espírito auto-centrado em que fica uma disputa estamental. Nós não somos uma corporação isolada do povo. A segunda questão é deixar de fazer tribunal com condutas pretéritas. É impossível conduzir”, afirmou.

Flávio Dino acha que a população ainda tem dúvida de quem criou o auxílio emergencial dos R$ 600,00. “Tem que aproximar os debates do povo. Mesmo os 600 reais causaram dúvida quanto a real paternidade. Você precisa fazer com que esse debate chega as pessoas”, detalhou Dino.

Na disputa pela Prefeitura de São Luís, os partidos que apoiam o governador não conseguiram se unir, como ficou estabelecido no final de 2019 para que até fevereiro deste ano tivessem candidatura única, e foram lançados concorrentes:

  • Bira do Pindaré (PSB)
  • Carlos Madeira (Solidariedade)
  • Duarte Júnior (Republicanos)
  • Neto Evangelista (DEM)
  • Rubens Júnior (PCdoB)
  • Yglésio Moises (PROS).

Neste fim de semana, uma pesquisa do Jornal Pequeno mostrou que esta meia dúzia de candidatos tem menos pontos do que Braide.

Para formalizar a federação dos partidos de esquerda para enfrentar Bolsonaro, Flávio terá de convencer o ex-presidente Lula a abandonar seu plano de candidatura ou a imposição do nome de Fernando Haddad pelo PT; Ciro Gomes (PDT), que disputa o posto de opositor mais raivoso do presidente; e outros pretendentes de oposição, mas que não estão no campo das esquerdas, dentre eles o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

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