Maranhão fecha 2,8 mil postos de trabalho em março, segundo Caged

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AQUILES EMIR

O Maranhão, que havia fechado o mês de fevereiro com um saldo de 1.963 postos de trabalho desativados, encerrou março com um desempenho ainda pior. Segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (20), o saldo negativo aumentou cerca de 900 empregos encerrados, pois chegou a 2.801.

De acordo com os dados, no mês passado foram admitidas 10.365 pessoas no Maranhão, porém as demissões chegaram a 13.166, e com isto este foi o pior mês de março, desde 2012, em geração de empregos no Estado, contrariando a tendência nacional, que registrou uma perda correspondente a metade do registrado ano passado.

Os números do Caged revelam também que o acumulado dos postos de trabalho encerrados nos três primeiros meses de 2017 chegou a 6.645, pois neste período as contratações somaram 32.744 e as demissões 39.389. No acumulado dos últimos 12 meses, isto é, de fevereiro de 2016 a março deste ano o saldo negativo chegou a 13.862, resultado de 148.022 contratações contra 161.884 demissões.

Ao contrário dos levantamentos anteriores, a Construção Civil não aparece como a campeã de demissões, mas o comércio, enquanto Serviços foi o único setor a registrar saldo positivo, como pode ser visto nos números abaixo:

  • Extrativa Mineral (-41)
  • indústria de Transformação (-623)
  • Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP (-27)
  • Construção Civil (-807)
  • Comércio (-1.264)
  • Serviços (29)
  • Administração Pública (-6)
  • Agropecuária (-62)

Brasil – Os dados do Caged mostram que o número de empregos formais no país teve saldo negativo de 63.624. Apesar da queda, a redução no mesmo mês do ano passado foi quase dobro, quando registrou retração de 118 mil postos de trabalho. No mês passado, o resultado havia sido positivo em 35.612 vagas formais de emprego.

Setor de Construção Civil cedeu lugar ao comércio como campeão de demissões

Março apresentou uma variação negativa de -0,17% em relação ao estoque do mês anterior. Foram registradas 1.261.332 admissões contra 1.324.956 desligamentos. No acumulado do ano, a queda foi de 64.378 postos de trabalho, equivalente a -0,17%, em relação ao estoque de dezembro de 2016, e, nos últimos 12 meses, houve a redução de 1.090.429 postos de trabalho, correspondendo a uma retração de -2,77% no total de empregados com carteira assinada do país.

“Os dados de março do Caged mostram que fatores sazonais e conjunturais influenciaram negativamente o mercado de trabalho. O governo esperava uma trajetória ascendente, positiva, no número de vagas formais de trabalho, em razão do bom desempenho verificado em fevereiro, mas os resultados gerais foram negativos. Se não foi possível aumentar o número de postos de trabalho no mês, pelo menos indicadores apontam uma diminuição significativa no ritmo de redução do emprego”, explica o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

O comércio foi o setor que mais apresentou retração, com -33.909 postos, seguido do setor de Serviços (-17.086 postos), Construção Civil (-9.059 postos), Indústria de Transformação (-3.499 postos) e Agricultura (-3.471 postos). Apesar das quedas, a Administração Pública apresentou desempenho positivo (+4.574 postos), com expressiva participação do estado de São Paulo (+2.756).

Tradicionalmente, os resultados de março sofrem forte influência de fatores sazonais negativos. Um exemplo é o comércio varejista, que se apresenta negativo no mês de março, mesmo em anos de forte crescimento econômico. A indústria de alimentos, a construção civil e os serviços de alojamento e alimentação também sofrem uma sazonalidade negativa marcante, pelas características dessas atividades.

(Com dados do MTE)

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