Na Noruegua, encontro sobre crise na Venezuela acaba sem acordo

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Em reunião de mediação entre o governo da Venezuela e a oposição, nesta quarta-feira (29), em Oslo (Noruegua), em busca de uma solução para o país sul-americano, terminou sem acordo. O gabinete de Guaidó disse que ratificou um roteiro para encerrar a presidência de Nicolás Maduro, instalar um governo de transição e realizar eleições livres que “resolveriam a tragédia que a Venezuela está sofrendo”.

O gabinete, no entanto, não forneceu detalhes sobre desentendimentos, mas Maduro disse anteriormente que não se afastará da Presidência. Guaidó se autodeclarou presidente interino  em janeiro e denunciou Maduro como ilegítimo, depois de ter conseguido a reeleição no ano passado em uma votação criticada como fraudulenta.

“Esta reunião terminou sem acordo. Nós insistimos que a mediação será útil para a Venezuela sempre que houver elementos que nos permitam avançar em apoio a uma verdadeira solução”, afirmou o gabinete em comunicado.

Os representantes do líder da oposição disseram que estavam dispostos a continuar o processo com o governo norueguês.

A anfitriã Noruega falou em “boa vontade” dos dois lados nesta segunda rodada de conversas.

“As partes têm demonstrado boa vontade para progredir em busca de uma solução consensual e constitucional para o país, o que inclui questões políticas, econômicas e eleitorais”, informouy o Ministério das Relações Exteriores da Noruega.

Em nota, o governo norueguês conclamou os dois lados a mostrar discrição nos comentários públicos para não prejudicar o processo.

A Noruega tem longa tradição de mediação de conflitos, mas encara uma tarefa árdua para resolver a crise da Venezuela, que se tornou um xadrez geopolítico no qual dezenas de nações ocidentais e latino-americanas reconhecem Guaidó, enquanto Rússia e China apoiam Maduro.

O colapso econômico levou mais de 3 milhões de venezuelanos a emigrarem nos últimos anos, e os protestos políticos muitas vezes resultaram em violência.

(Agência Brasil com informações de Terje Solsvik e Angus Berwick, da Reuters)

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