Comitê Científico do Consórcio Nordeste não recomenda festas de Natal, Réveillon e carnaval

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Maranhão não estaria em situação de alto risco

Os estados nordestinos devem evitar a realização de festas de Réveillon e de carnaval, e até mesmo de Natal. A recomendação é do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, que reúne os nove estados da região, em boletim divulgado nesta sexta-feira (03).

A precaução se deve à ameaça de jma nova variante de coronavírus, a Ômcron, que já teria cinco casos confirmados no Brasil, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Entre as indicações do comitê científico, estão o cancelamento das festividades de révellion, Natal e Carnaval que podem gerar aglomerações. Para a entidade, essas festas intensificariam a transmissão do coronavírus e poderiam resultar em nova onda da pandemia.

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste sugere que governadores e prefeitos da região intensifiquem a vacinação para alcançar, o mais rápido possível, uma maior parcela da população com vacinação completa.

O documento detalha como está a situação em cada estado da região:

  • Alagoas – De acordo com o comitê, Alagoas apresenta indicadores de risco pandêmico e epidêmico de moderado a baixo. No entanto, o documento destaca que a ocupação de UTIs é de 20% e com estabilização da demanda de quantidade de leitos total e cobertura vacinal em 51,4% com 2a dose (49,5 MS). Diante disso, o comitê diz que ainda não existe segurança sanitária para atividades presenciais sem protocolos de distanciamento, proteção e testagem, principalmente, em grandes aglomerações como as de final de ano e Carnaval.
  • Bahia – O documento destaca que o número de novos casos na Bahia está em um patamar elevado, em torno de 500 por dia. E ressalta que o número de óbitos diários (média de 10) supera os números de meados de outubro, quando estava em torno de 6, o que indica que a transmissão comunitária da pandemia ainda está presente. Desta forma, o comitê aponta grande preocupação para o possível impacto da realização das festas de final de ano e, a mais longo prazo, do carnaval.
  • Ceará – O comitê aponta que o Ceará apresenta indicadores de riscos pandêmico e epidêmico altos. E também afirma que não existe segurança sanitária para quaisquer atividades presenciais sem o rígido controle de protocolos de distanciamento, proteção sanitária, o que é muito difícil em situações de aglomerações.
  • Maranhão – Para o Maranhão, o comitê aponta que a situação no estado é de baixo risco epidêmico. Porém aponta que a Secretária de Saúde recomenda a não realização de carnaval em São Luís.
  • Paraíba – No caso da Paraíba, o documento diz que as previsões para novos casos e novas mortes continuam apontando evidência de estabilidade para os próximos 30 dias, mas que apesar dos dados animadores acerca da redução de casos e da vacinação, ainda não há segurança sanitária para realização de eventos com grande quantidade de público devido aos riscos de disseminação da Covid-19 e possibilidade da ocorrência de novas variantes. O documento aponta que o risco epidêmico permanece alto e a interiorização de casos continua, e por esta razão o risco de uma nova onda de casos ocorrer no Estado não deve ser descartado.
  • Pernambuco – Pernambuco apresenta indicadores de riscos pandêmico e epidêmico de moderado a alto. Com isso, o comitê diz que ainda não existem argumentos com base científica para quaisquer atividades presenciais que gerem aglomerações que invariavelmente violam os protocolos de segurança sanitária.
  • Piauí – O Piauí apresenta indicadores de riscos pandêmico e epidêmico altos. E segundo o documento divulgado pelo comitê, no momento, não se tem segurança sanitária para liberações de atividades presenciais como festas de final de ano e carnaval. A taxa de infecção do Piauí está em 86/100.000 habitantes.
  • Rio Grande do Norte – Rio Grande no Norte apresenta indicadores de riscos pandêmico e epidêmico altos. E assim como a maioria dos estados da região, ainda não apresenta segurança sanitária para quaisquer atividades presenciais como festas de final de ano e Carnaval possam ocorrer sem o perigo de uma nova onda ou novas variantes do Sars-cov-2.
  • Sergipe – De acordo com o comitê, a intensidade da pandemia em Sergipe vem se mantendo em níveis bastante baixos desde meados do mês de outubro, mas apesar disto, o documento aponta que há a preocupação para o possível impacto da realização das festas de final de ano e, a mais longo prazo, do carnaval.
    No estado, não está autorizada a realização de eventos públicos na virada do ano. Já para os eventos particulares, durante o período de 17 de dezembro a 09 de janeiro de 2022, fica permitido o limite máximo de 5 mil pessoas em ambientes externos e de 3 mil em internos, mediante projeto aprovado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). O público deve estar vacinado com as duas doses e apresentar teste negativado pra Covid-19, que tenha sido realizado 48h antes do evento. A realização do carnaval não está definida no estado.

(Com informações do G1 BA)

1 COMENTÁRIO

  1. Falando em consórcio nordeste,a propósito,o que tem a dizer esse comitê científico sobre os milhões de reais que foram usados pra comprar respiradores que nunca foram entregues?

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