Governador Flávio Dino não tem certeza do apoio de Lula

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AQUILES EMIR

Na entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Pequeno, publicada neste domingo (31), o governador Flávio Dino (PCdoB) deixou no ar uma dúvida se terá ou não o apoio do ex-presidente Lula na eleição do próximo ano. O governador revelou ainda que está pronto para desenvolver uma campanha de baixo nível, se esta for esta também a arma da oposição, e disse não acreditar que o senador Roberto Rocha (PSDB) será candidato a governador.

O governador defendeu, mais uma vez, a inclusão do ex-presidente Lula na disputa de 2018, mas também não tem certeza se isto ocorrerá. “Eu diria que é possível que ele seja candidato. Não é provável, mas é possível”, disse ele, acrescentando que o petista tem de “esgotar todos os recursos que o conduzam a isso, e tenho sustentado isto publicamente”.

Quando questionado por que apoia tanto o ex-presidente, o governador declarou que não se guia por sentimentos pessoais, mas por convicção política. “Acho que é bom para o Brasil, acho que é importante que ele seja candidato”.

Na sequência, Flávio Dino relata como estão as negociações para que os dois estejam no mesmo palanque: “Eu não sei o que ele vai fazer em 2018. Sei é que ele veio aqui, nós estivemos no encerramento da Caravana da Democracia, fizemos um belíssimo ato político, no encerramento da Caravana dele aqui no Nordeste. E nós temos conversado muito. Agora, eu não monto… um projeto político no Maranhão pendurado em quem quer que seja…”

O governador fez questão de deixar bem claro que não tem amizade pessoal com o ex-presidente. “Amigo para mim é uma coisa bem singular, amigo é quem vai na casa da gente, a gente visita a casa dele. Nesse sentido, não. O presidente Lula é para mim, hoje, um aliado político…”

Quando questionado sobre o rompimento com o senador Roberto Roberto Rocha (PSDB), Flávio Dino disse que até hoje não compreende o que aconteceu, mas desconfia que houve um sentimento de raiva por parte do tucano pelo fato de não responder as coisas que lhe escrevia. Ele informou ainda que vai continuar sem responder às agressões do senador e só faria isto na campanha eleitoral, “embora não acredite que ele será candidato a governador”.

Um dos trechos mais polêmicos da entrevista é o em que Flávio Dino revela estar pronto para fazer uma campanha de “baixaria”, se necessário for.

“Na campanha de 2014, houve baixarias da parte deles. Em 2018 vai ter, seguramente. Aliás, eles fazem isso todos os dias, mas eu acho que a população já está vacinada em relação a isso”. Para ele, do ponto de vista não confortável nem desejável uma campanha de “baixarias”, mas “se é o que eles sabem fazer, a gente também está pronto para o que eles sabem fazer”, ameaçou.

 

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