Flávio Bolsonaro ataca Rede Globo e desmente que vá renunciar

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Numa entrevista exclusiva ao SBT na noite desta quinta-feira (24), o deputado estadual e senador eleito pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) partiu para o ataque à Rede Globo e disse que não cogita renunciar ao mandato que assumirá no próximo dia 1º. O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por movimentações financeiras atípicas apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Em tom de indignação, o senador disse que é mentira a ideia de renúncia. “Não sei nem de onde surgiu essa história. Eu nem tomei posse ainda. Eu vou tomar posse e vou trabalhar muito ainda pelo Rio de Janeiro e pelo meu Brasil, pode ter certeza disso. Eu não vou me afastar e que quero aproveitar a oportunidade pra falar para todo o Brasil da grande perseguição política que eu estou sofrendo do meu Estado”, disse.

O senador eleito, que voltou ainda a afirmar quebrou do seu sigilo bancário, pelo MP, insinuou que fotos do procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, com o jornalista Octavio Guedes, comentarista da GloboNews, e o promotor de Justiça Cláudio Cardoso da Conceição reforçaram sua “convicção” de que “o MP vinha constantemente vazando conteúdo sigiloso do meu procedimento”.

“Foi um encontro recente, há poucos dias, no Rio de Janeiro. Num momento como esse em que eu estou há um mês e meio tendo minha vida completamente exposta na mídia de uma forma pejorativa para denegrir a minha imagem, tentar a atingir o governo do presidente Jair Bolsonaro, um encontro como esse para trocar assunto de boa que não era, né”, comentou.

Flávio Bolsonaro disse ter apresentado provas documentais na reclamação que fez ao Supremo Tribunal Federal sobre quebra de sigilo sem autorização oficial.

“Qual foi a decisão que os advogados tomaram: ‘olha, isso aqui tem um coisa muito estranha, nesse procedimento há ilegalidades flagrantes, claras. Vamos perguntar ao Supremo Tribunal Federal, cumprindo uma decisão do próprio STF, que dizem que caso a caso eles é que decidem qual é o foro adequado’. Aí o Supremo notifica o Ministério Público do Rio de Janeiro na sua decisão, com 1 carimbo escrito assim: ‘sigiloso’. Na mesma manhã o Ministério Público convoca uma coletiva, para expor uma nota de esclarecimento, aonde ele vai detalhando tudo que está na decisão, ou seja, quebra o sigilo, desrespeita uma ordem do próprio Supremo. Já é a clara constatação de qual era o objetivo do que estava acontecendo”, disse.

Sobre o discurso feito na Assembleia Legislativa em 2017, em defesa dos policiais, e que repercutiu como defesa a milícias, ele justificou: “Eu sou contra milícias, só que nesse momento estava ainda começando uma discussão sobre o que era isso. Estava-se generalizando de uma forma muito preocupante porque eu sempre fui da defesa do servidor a segurança pública, então qualquer lugar onde se morava 2, 3, 4 policiais militares, já estava sendo considerando milícia”.

Sobre as homenagem ao ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), Flávio Bolsonaro negou que tenha sido apoio a milícias.

“Eu já ofereci centenas de homenagens a policiais militares, a outros integrantes de segurança essa informação só veio a tona agora apenas. E as homenagens realizadas foram por situações específicas, que eu costumo fazer para centenas de policiais, não tem problema nenhum nisso, a gente tem que homenagear aqueles policiais que se destacam”, afirmou.

(Com dados do Poder360)

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