Presidente da Caixa diz que fila fora de agência deve ser organizada com ajuda das prefeituras

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AQUILES EMIR

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse nesta sexta-feira (1º), numa coletiva por videoconferência, que os problemas verificados no pagamento da primeira parcela do auxílio emergencial deve-se, em grande parte, ao fato do banco não ter informações mais precisas sobre o perfil de quem pediu o benefício. Ele também respondeu, numa entrevista a José Luiz Datena, no Brasil Urgente da Band, às críticas do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), sobre aglomerações nas agências e não partilhamento do pagamento com bancos privados.

Flávio Dino considerou desumano o tratamento que os bancos vêm dando a seus clientes neste perídio do pandemia. Especialmente sobre os problemas verificados em portas de agências da Caixa e casas lotéricas, disse que isto poderia ser desnecessário se tivesse havido uma integração com os bancos privados e anunciou que vai contratar pessoas para organizar as filas, cujo edital deve ser anunciado neste sábado (02).

Segundo Guimarães, os problemas de aglomerações devem-se em grande parte ao fato de muitos dos que estão recorrendo ao benefício não terem conta bancária e a Caixa teve de criá-las. Os bancos privados, segundo ele, estão colaborando e quem tem conta num deles pode pedir o depósito do benefício na sua conta, mas eles representam apenas 8% da operação e, mesmo quem é cliente de banco privado, prefere ir à Caixa.

De acordo com Guimarães, muita gente passa o dia inteiro na fila apenas para pedir uma informação; outros permanecem, mesmo sabendo estarem as senhas esgotadas;  e há ainda os não têm direito ao benefício; aqueles que querem fazer todo o processo presencialmente. Guimarães disse ainda que um terço das pessoas que querem receber os R$ 600 nunca teve conta em banco e classificou como um desempenho extraordinário atender 20 milhões de pessoas que hoje estão desesperadas com a perda de renda.

Aglomerações – Sobre as críticas do governador por conta as aglomerações, Guimarães disse que a organização de filas fora das agências é papel do poder público, daí porque apelou para que as autoridades municipais ajudem a organizá-las, pois as pessoas estão nas calçadas, nas ruas, sujeitas a acidente de trânsito etc. Ainda assim, disse que a CEF vai contratar em caráter emergencial mil vigilantes e outros 500 auxiliares para atender os que estão querendo o benefício.

“Teremos conversas com as prefeituras porque é fundamental, a gente precisa de ajuda das prefeituras não tem a menor dúvida disso”, disse. Vamos ter o máximo possível de cuidado na separação entre as pessoas, redução ao máximo desses dias de pagamentos para que não tenhamos no mesmo dia dois pagamentos [de benefícios] de pessoas carentes”, afirmou Guimarães.

Guimarães disse ainda que o banco está adquirindo mais equipamentos de proteção individual para os empregados, como máscaras (560 mil), protetores faciais (11 mil) e 600 mil litros de álcool em gel. Cinco caminhões da Caixa também vão ajudar no atendimento, especialmente em cidades das regiões com maior dificuldade.

Ele acredita que a partir do pagamento da parcela os problemas serão menores. “Todos os que já receberam vão receber de novo e agora já sabemos quem é Bolsa Família, Cadastro Único e informais, estes últimos vão receber de acordo com a data de nascimento”, disse.

(Com informações da Agência Brasil)

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