O PSTU oficializou, em convenção nacional, na noite desta sexta-feira (20), em São Paulo, a candidatura da professora Vera Lúcia à Presidência da República e de Hertz Dias como vice na chapa. A escolha de Vera Lúcia para as eleições deste ano ocorre após quatro campanhas com o candidato José Maria de Almeida, conhecido como Zé Maria, hoje presidente da legenda.
De acordo com a candidata, a primeira proposta da chapa será a de fazer frente à crise econômica. “Para isso, nós precisamos não pagar a dívida pública, não enviar remessa de lucro das multinacionais, estatizar as empresas que foram privatizadas para que elas voltem a ser 100% brasileiras e controlada pelos trabalhadores, expropriar as 100 maiores empresas desse país, e a nacionalização dos bancos”, destacou a candidata.
De acordo com Vera Lúcia, o plano de governo também prevê reforma agrária, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e um plano de obras públicas para atender as necessidades da classe trabalhadora. “Tudo isso só é possível fazer se a gente tiver as condições materiais, que conseguiremos através dessas medidas econômicas, e do ponto de vista político, através da organização e da luta da nossa classe”.
Comunistas – Por outro lado, em convenção nacional realizada também nesta sexta, no Rio de Janeiro, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) decidiu apoiar Guilherme Boulos (foto) à Presidência da República, candidatura que deve ser confirmada neste sábado (21) pelo seu partido, o PSOL.
“Nestas eleições, já decidimos, há algum tempo, a coligação com o PSOL. Nós achamos que esta candidatura faz parte de uma política do PCB, de constituição de uma frente de esquerda. Ela também vem de baixo, dos movimentos sociais, como o indígena, o sem-terra e os demais, e se uniu aos partidos políticos. Isso dá um diferencial muito importante em relação à velha política”, disse o secretário-geral do partido, Edmilson Costa.
“Nós temos um candidato que não está ligado à velha política, não está ligado à corrupção e, ao mesmo tempo, tem um programa que se diferencia claramente do que foi derrotado pela vida: o da conciliação de classes. Nós vamos construir uma nova política, para um novo Brasil. Teremos surpresa neste primeiro turno e o Boulos vai para o segundo turno”, apostou.
O secretário-geral do PCB defendeu, no campo econômico, a retomada de todas as empresas privatizadas consideradas estratégicas para o país e a promoção de uma política de incentivo ao desenvolvimento nacional, baseada no investimento público e com controle dos trabalhadores.
Na questão do petróleo, o partido defende a total estatização da Petrobras e a paralisação das operações de venda de patrimônio da empresa. De acordo com Edmilson, o apoio do PCB à candidatura Boulos garantirá mais 4 ou 5 segundos de televisão ao PSOL.
(Com dados da Agência Brasil)