Rogério Cafeteira diz que culpados por memorandos da PM vão aparecer

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Na sessão desta quinta-feira (26), o líder do governo na Assembleia Legislativa, Rogério Cafeteira (DEM), defendeu a apuração dos fatos referentes à expedição de Memorando Circular determinando à Polícia Militar do Maranhão fazer o levantamento eleitoral de opositores ao Governo do Estado. Para ele, as medidas legais e cabíveis já foram tomadas por parte do governo e do Ministério Público Eleitoral.

“Eu não tenho a menor dúvida de que a verdade aparecerá de forma muito cristalina e nós veremos o culpado ser punido, pois sabemos que o governador Flávio Dino, de forma nenhuma, tinha conhecimento desse fato. O governador não atenuará e nem passará a mão na cabeça de quem tenha cometido tal ilicitude”, frisou.

O deputado disse ainda que a Polícia Militar do Maranhão é uma instituição de Estado e “não se pode imaginar que, se algum membro dessa corporação, principalmente, um oficial, se sentir lesado ou prejudicado, este aceite essa determinação. É óbvio que não! Ele vai procurar, sem dúvida nenhuma, os meios legais e a imprensa para esclarecer a verdade”.

Rogério Cafeteira informou que a sindicância em andamento na Secretaria de Estado da Segurança Pública prossegue em ritmo acelerado e revelará a verdade dos fatos, “de forma transparente, para que não haja nenhuma dúvida”.

Por fim, Cafeteira lembrou que o parlamento é uma Casa eminentemente política e é natural que isso interfira numa apuração de qualquer fato envolvendo o governo, principalmente em ano eleitoral.

Apuração – O deputado Max Barros (MDB) também usou a tribuna para defender o requerimento de autoria do deputado Eduardo Braide (PMN), que convoca o tenente-coronel Emerson Farias Costa, o coronel Antônio Marcos da Silva Lima e o major Jadiel Luiz Sousa Mendes, para prestar esclarecimentos à Assembleia, sobre os documentos que apontam suposta investigação dos adversários do Governo do Estado.

“Os fatos denunciados são gravíssimos, não só no aspecto eleitoral, mas, principalmente, porque se constituem um atentado ao estado democrático de direito. Fere os direitos fundamentais você ‘arapongar’, espionar políticos. Isso é um crime contra a democracia e não pode passar batido, nem pode passar barato. Essa democracia foi conquistada com muita luta e eu tenho orgulho de dizer que participei da luta contra a ditadura”, salientou Max Barros.

O deputado entende que todos os democratas, tanto os da oposição quanto os do governo, são contra os fatos denunciados. “Todos nós temos que unir e apurar profundamente a origem desse documento. Não vou fazer pré-julgamento ou acusar quem quer que seja. Não vou acusar o governador, não vou acusar o secretário de Segurança. Não vou levantar essa suspeita sobre ninguém. Todos devem estar querendo apurar essa questão, que não pode ser apurada apenas na esfera da Policia Militar. Uma sindicância da Polícia Militar não é suficiente”, argumentou.

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