Twitter suspende postagem de Ricardo Noblat em que enaltece suicídio, mas mantém sua contra ativa

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Postagem gerou grande polêmica por incitar a prática do suicídio 

AQUILES EMIR

O Twitter decidiu suspender a postagem do jornalista Ricardo Noblat, colunista da revista Veja, em que sugere ao presidente Jair Bolsonaro recorrer ao suicídio antes de uma derrota nas urnas em 2022. A administradora da rede social, porém, decidiu manter a conta da jornalista ativa, não adotando o mesmo critério para casos semelhantes.

Apesar de ter encontrado apoiadores, como o ex-prefeito e ex-presidenciavel Fernando Haddad (PT), o jornalista foi criticado até pela revista em que pública sua coluna, conforme postagem abaixo:

“VEJA repudia com veemência a declaração do colunista Ricardo Noblat, publicada em seu Twitter, de que o presidente Jair Bolsonaro deveria “imitar” Donald Trump caso ele “opte pelo suicídio”. Não achamos que esse tipo de opinião contribua em nada para a análise política do país”.

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, comparou a postagem com outras que incomodaram o ministro Alexandre de Moraes:

“Já pensaram se um jornalista como Alexandre Garcia ou Lacombe pedissem pro Lula de suicidar? Seriam até presos pelo Alexandre Moraes. Mas Noblat, Ruy Castro e outros são de esquerda, então eles podem pedir a morte ou suicídio dos outros com toda a liberdade que a lei faculta”.

Haddad, derrotado por Bolsonaro em 2018, em defesa de Noblat, comparou sua atitude com a de Bolsonaro não usar máscara contra covid-19:

“Quantos anos de prisão o ministro da Justiça vai pedir para Bolsonaro por incitar as pessoas a não usarem máscara e não se vacinar?”, indagou o petista.

Uma das mais críticas a Noblat e ao autor do artigo que quis dar repercussão diz respeito ao fato de terem contrariado a campanha de combate ao suicídio, realizada todos os ano, no mês de setembro, apoiada pelo Ministério Público, tanto a nível nacional quanto nos estados.

Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2014. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

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